As Quebradeiras de Coco são um grupo de mulheres que desempenham um papel vital na sustentabilidade e economia das comunidades tradicionais brasileiras.
Neste post, vamos explorar quem são essas mulheres, o impacto da coleta de coco babaçu e as lutas que enfrentam para garantir seus direitos e proteger a natureza.
Quem são as Quebradeiras de Coco?
As Quebradeiras de Coco são mulheres que vivem nas regiões de transição entre os biomas da Amazônia, Cerrado e Caatinga, principalmente nos estados do Maranhão, Piauí, Pará e Tocantins.
Elas coletam e processam os frutos do babaçu, uma palmeira nativa, transformando-os em diversos produtos como óleo, farinha, carvão e artesanato.
Elas se organizam em grupos para a coleta, o que não só facilita o trabalho, mas também fortalece os laços comunitários e proporciona um ambiente de apoio mútuo.
A coleta do coco babaçu é uma atividade que exige habilidade e conhecimento profundo da natureza, transmitido de geração em geração.
Além disso, as quebradeiras utilizam técnicas sustentáveis que garantem a conservação das palmeiras e do ecossistema.
O impacto da coleta de coco babaçu nas comunidades tradicionais
Você sabia que a coleta de coco babaçu movimenta a economia de várias comunidades tradicionais brasileiras?
Estima-se que milhares de famílias dependem dessa atividade para sua subsistência. A coleta é uma prática sustentável, pois as palmeiras de babaçu são colhidas de forma que não prejudique o ecossistema.
Esse modelo de economia extrativista proporciona autonomia econômica e fortalece as comunidades locais, promovendo o desenvolvimento sustentável. A renda gerada pela venda dos produtos derivados do babaçu é essencial para as famílias dessas comunidades.
O óleo de babaçu, por exemplo, é muito procurado pelas indústrias de cosméticos e alimentos devido às suas propriedades nutritivas e hidratantes.
Além disso, os produtos artesanais feitos a partir das palhas e cascas dos frutos são vendidos em mercados locais e feiras de artesanato, contribuindo ainda mais para a economia local.
Pelo que lutam as Quebradeiras de Coco babaçu?
Para fortalecer suas reivindicações, as Quebradeiras de Coco Babaçu criaram, em 1995, o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB).
Este movimento luta pelo direito à terra e ao acesso às palmeiras de babaçu, essenciais para seu trabalho e para a estabilidade do meio ambiente.
Uma das principais conquistas do MIQCB foi a aprovação da Lei do Babaçu Livre em 1997, no município de Lago do Junco. Essa lei garante às quebradeiras o direito de acesso livre aos babaçuais e impõe restrições à derrubada de árvores, protegendo assim o ecossistema.
Além disso, o MIQCB busca o reconhecimento das quebradeiras como uma categoria profissional, valorizando seu trabalho e garantindo melhores condições de trabalho.
As Quebradeiras de Coco Babaçu também batalham contra a expansão agrícola e a utilização de agrotóxicos que prejudicam suas terras e a biodiversidade local.
Elas exigem políticas públicas que protejam seu direito de acesso aos babaçuais e que promovam a agroecologia, em oposição ao uso intensivo de agrotóxicos. A organização e união proporcionadas pelo MIQCB são cruciais para enfrentar esses desafios.
O Movimento de Mulheres Quebradeiras de Coco Babaçu é um exemplo inspirador de resistência e sustentabilidade.
Essas mulheres não apenas garantem a preservação da Mata dos Cocais, mas também fortalecem suas comunidades e promovem a igualdade de gênero.
É na força e na resiliência dessas mulheres, que a Coleção Cocais da feito brasil de inspira, trazendo a essência da Mata dos Cocais para os seus cuidados diários com a pele.
Cada produto é um tributo ao trabalho árduo e à dedicação das Quebradeiras de Coco Babaçu, refletindo os valores de sustentabilidade e empoderamento feminino.