Um símbolo de força, proteção e encantamento. O Muiraquitã, amuleto presente na embalagem do Creme Firmador Empina Bumbum Treme-Treme de Jambu , carrega uma história ancestral que nasce no coração da floresta amazônica e ressurge nas mãos de artesãs paraenses, celebrando a força feminina, a sabedoria indígena e a conexão espiritual com a natureza.

Acompanhe a seguir as lendas que envolvem a criação do muiraquitã, a história de sua origem mítica entre as mulheres guerreiras da Amazônia e os registros históricos que ligam esse amuleto às culturas Tapajó e Conduri. 

Descubra como esse símbolo de proteção encontrou um novo espaço na beleza brasileira contemporânea.

A lenda das Icamiabas: mulheres livres da Amazônia

A origem do Muiraquitã está envolta em lendas que narram a existência de Icamiabas, mulheres guerreiras que viviam isoladas dos homens na região do Baixo Amazonas.

Uma vez por ano, elas se reuniram com os homens em rituais sagrados às margens do rio Nhamundá. 

Após esse encontro, mergulharam no lago Espelho da Lua e moldaram com um barro verde, retirados de seu fundo, pequenos amuletos em forma de sapos, tartarugas e rãs.

Esses amuletos, os Muiraquitãs, foram então oferecidos aos seus parceiros como símbolo de afeto, proteção e fertilidade .

Conta-se que, ao receber um Muiraquitã, o homem ganhava sorte na pesca e na caça, proteção espiritual e vigor físico. 

Mas a lenda também carrega um aspecto mais duro: se da união nasceu uma menina, ela era acolhida; se fosse menino, foi eliminado para manter a autonomia do grupo feminino. 

História e cultura: dos povos originários aos museus

Muito além da lenda, os muiraquitãs fazem parte da história arquealógica das culturas Tapajó e Conduri , povos originários da Amazônia.

Os arqueólogos identificaram que essas culturas desenvolviam objetos rituais de notável sofisticação, incluindo ídolos de pedra, urnas funerárias, cerâmicas com apliques zoomórficos e artefatos talhados com impressionantes resultados.

Os muiraquitãs, geralmente em forma de sapos, rãs, tartarugas ou figuras antropomorfas, faziam parte desses conjuntos e eram usados como objetos de poder espiritual e identidade cultural.

Estudos apontam que a Cultura Conduri , em especial, foi responsável pela fabricação dos muiraquitãs, já que foi localizada nas áreas onde a amazônia é naturalmente encontrada, ao longo das bacias dos rios Nhamundá e Trombetas, com origem na Serra do Tumucumaque. 

Atualmente, muitos desses artefatos estão preservados em museus do exterior, como o Museu Britânico (Reino Unido) e o Museu Etnológico de Berlim (Alemanha), o que revela tanto seu valor caído quanto as consequências históricas da colonização e do extrativismo cultural.

No Brasil, há registros e exemplares em instituições como o Museu Paraense Emílio Goeldi e o Museu Nacional (RJ), embora o acervo nacional ainda enfrente desafios quanto à recuperação e valorização dessas peças.

Cada muiraquitã guardada em uma coleção ou exposta em uma vitrine contém uma história de resistência, sofisticação técnica e riqueza simbólica . Eles são testemunhos materiais da profundidade das cosmovisões indígenas e da complexidade social dos povos amazônicos que, por muito tempo, foram injustamente considerados "primitivos".

O poder simbólico do muiraquitã

Ao longo dos séculos, o muiraquitã foi adotado como um amuleto de proteção e sorte, símbolo do feminino sagrado, da saúde e da conexão com as forças naturais. Carregado no corpo ou desligado por perto, acredita-se que ele atrai boas energias, afasta o mal e fortalece a vitalidade.

Mas seu poder simbólico vai além do uso como talismã: o muiraquitã também representa a fusão entre o mundo espiritual e o mundo material.

Ele é um elo entre a força das mulheres indígenas amazônicas e o cuidado com o corpo e o espírito , um lembrete da importância de rituais de autocuidado que reverenciam a natureza, a ancestralidade e a potência do feminino.

Na Amazônia, ele segue vivo como símbolo de identidade cultural e espiritualidade. E hoje, ao ser reinterpretado em objetos, joias ou mesmo em embalagens, continua enviando um convite para nos reconectarmos com nossas raízes e com a energia de proteção que atravessa o tempo.

O muiraquitã que vive em nossa embalagem

Para o feito brasil, trazer um Muiraquitã na embalaem do Creme Firmador Empina Bumbum é mais do que um detalhe estético, é um gesto de reverência à sabedoria ancestral feminina.

O amuleto que acompanha o produto é feito à mão pelas artesãs do Pará,  fortalecendo a conexão entre beleza, território e ancestralidade.

É a nossa forma de celebrar a Amazônia e suas histórias, oferecendo não apenas um cuidado corporal, mas um símbolo de empoderamento e proteção que ultrapassa gerações. 


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